Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deixam os cargos

Conforme era especulado desde ontem nos bastidores militares, os três chefes das Forças Armadas deixarão seus cargos. A mudança é consequência da troca no Ministério da Defesa, que deixou de ser comandado pelo general Fernando Azevedo e Silva para ser conduzido pelo general Braga Netto.

Em nota oficial, o Ministério apenas confirma a substituição e informa que a decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira, que contou com o antigo ministro, o atual e os comandantes. A nota não deixa claro se os comandantes pediram para sair ou foram retirados. Também não informa o nome dos substitutos.

Os nomes dos atuais comandantes, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa Junior (Marinha) e Antonio Carlos Bermudez (Aeronáutica) não foram citados na nota. A ausência também dos nomes dos substitutos indica que os atuais comandantes renunciaram. Eles já discutiam isso desde ontem. É a primeira vez na história que isso acontece.

Nos bastidores, os comandantes estavam irritados com a mudança na pasta e com as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de politizar a atuação das Forças Armadas. O presidente também estava irritado com Edson Pujol, que traçou uma linha de limite para o uso do Exército politicamente. Em solidariedade a Fernando Azevedo e Silva e a Pujol, os outros dois comandantes das Forças Armadas também passaram a discutir a saída, agora concretizada.